terça-feira, 21 de junho de 2016

OS GATOS NO ANTIGO EGITO

Bastet
Adoramos gatos! Mas se há um lugar em que o gato foi literalmente adorado, este lugar é o Egito Antigo, uma das civilizações mais importantes da história antiga. 
Para os egípcios os gatos eram considerados sagrados, representados em pinturas, esculturas e gravuras e até mesmo mumificados após a morte, com todas as honras de um funeral egípcio.
Foram encontrados em  túmulo de 1700 a.C aproximadamente, dezessete esqueletos de gato e para cada um havia uma tigela para o leite, ratos e pequenos animais mumificados para assegurar a sobrevivência dele na vida pós morte. Portanto, o egípcio sustentava a crença da eternidade para humanos e... felinos.
Na antiga cidade de Beni Hassan foram descobertos em um cemitério mais de trezentas mil pequenas múmias de gatos.
Múmias egípcias de gatos - British Museum

Quando um gato morria, as pessoas relacionadas a ele iniciavam um longo período de luto, caracterizado por raspar as sobrancelhas e a soar o gongo funeral para expressar dor.
Em caso de incêndio ou qualquer emergência que exigisse a evacuação de uma casa, o gato tinha que ser resgatado antes de qualquer outro membro da família e dos objetos que estavam na casa. E ainda, se um fosse morto acidentalmente, o culpado deveria ser punido com a morte, visto que era um animal sagrado.

Os antigos egípcios tinham tanta consideração pelos felinos que até na mitologia egípcia havia uma representação:  Bastet, divindade geralmente representada com corpo de uma mulher e  cabeça de gato, ou muitas vezes a escultura ou pintura do próprio gato.
Bastet

Sekhmet, a irmã de Bastet também é representada com corpo de mulher e cabeça de leão.
Sekhmet
De acordo com as narrativas mitológicas, Bastet  tinha o dom da fertilidade e clarividência, enquanto Sekhmet da previsão. Sekhmet, representa a justiça e poder na guerra, e costumava ser solicitada pelos sacerdotes para ensinar-lhes sobre os planos do inimigo e, assim, ajudar os soldados no campo de batalha.


O gato foi associado também ao culto de Ísis, a deusa que tinha seu próprio reino no meio da noite.  O gato, especialmente o preto, era o animal mais adequado para acompanhar a deusa da noite. Silencioso, capaz de movimentos furtivos na escuridão, inteligentemente caça, tem olhos que brilham e, como a deusa noturna, fica acordado enquanto os outros dormem. É o favorito de um culto que era cada vez mais comum, especialmente nas áreas rurais, onde as leis da natureza, a alternância do acordar e dormir, eram de importância vital.

 

Com o cristianismo, no entanto, as crenças mudaram. Os cultos pagãos passam a ser excluídos e se não se era possível erradicá-los, criavam histórias de medo para que a população assimilasse.  Muitos deuses antigos se tornam demônios, criaturas do mal, inimigos para lutar, Isis estava entre os primeiros. E o aliado gato preto segue o mesmo destino, não mais sagrado, mas,  perigoso e sinônimo de azar! Muitos deles foram queimados em fogueiras junto com as mulheres consideradas "bruxas" na Idade Média. Infelizmente essa temor se perpetuou por muito tempo e até hoje ainda existem pessoas que não gostam dos pequenos felinos especialmente os de pelagem preta.

Por outro lado, se considerarmos os tempos contemporâneos, a quantidade de pessoas que os amam aumentou gradativamente. Nos Estados Unidos e em alguns países europeus eles são maioria entre os animais domésticos. Aqui, os cachorros continuam sendo os preferidos, mas aos poucos nossos bichanos estão ocupando seu lugar nos corações humanos!

Saudações felinas



Fontes:
Britannica Escola Online, 2016
Tanogabo.com/i-gatti-nellantico-egitto
Ilgiornale.it del 22/01/2010 

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